Por César Filho
Presidente do Projeto Bem Fazer
É fato que um grande número de pessoas
acessa e domina o ambiente das redes sociais, seja para postar fotos,
compartilhar pensamentos e difundir ideias. Um ambiente livre, onde todos
observam e são observados. Diariamente,
somos absorvidos por temas que pululam na tela do computador e que nos empurram
a ações no cotidiano. Quem não curtiu hoje?
Embora muitas pessoas se
retroalimentem de comentários e curtições nas mídias sociais, outras tantas as
usam para contribuir e melhorar a vida das pessoas; coletivos urbanos promovem
o engajamento social como forma de inclusão e ocupação de espaços públicos.
Aqui, no Parque Araxá, temos o exemplo
de um coletivo, no caso o Projeto Bem Fazer, nascido no final de 2012, que se
propõe a disseminar ideias que ajudem a construir uma cidade melhor.
No início deste ano, o Projeto Bem
Fazer, juntamente com o jornal OLHO DE
LINCE, tendo à frente seu editor Juracy Mendonça, propôs-se a criar um
ambiente alternativo de valorização da cultura através da música, das letras e
audiovisual, que recebeu a denominação de Espaço Cultural da Lagoa.
A necessidade de tal composição se deu
pelo fato comum na promoção de mudanças em torno da lagoa do Porangabussu, que desde
o ano passado vem sofrendo agressões e descaso por parte dos gestores públicos
de nossa capital. O mais recente ultraje foi a remoção da cabine da Guarda
Municipal que ficava às margens da lagoa. Tal medida deve-se ao completo
abandono em que se encontrava o espaço, pois, fora outrora, relegado a banheiro
público. Tal movimento comprova a inexistência de alternativas sustentáveis e
socioambientais na prestação de serviços por parte do Poder Público, que
prioriza o concreto e a ocupação de espaços verdes para consolidação dos seus
projetos de poder.
A participação do Projeto Bem Fazer, como
parceiro e apoiador da criação do Espaço Cultural da Lagoa, deve-se ao fato de
que nossa composição tem como premissa a articulação e desenvolvimento de
intervenções urbanas que gerem qualidade de vida, empoderamento social e
gentileza.
Desenvolver ideias e práticas que
possibilitem aos moradores uma visão mais participativa e coletiva de como
devemos cuidar do bairro. A falta de cuidado e uma exacerbada relação de
ganha-ganha, onde se valorizam o individual em detrimento do coletivo, tem
contaminado nossa sociedade enquanto agente de desenvolvimento. Através do escritório de ações Bem Fazer, dentro do
ambiente do Espaço Cultural da Lagoa, estaremos viabilizando intervenções
urbanas que inspirem a melhoria das relações das pessoas com o próximo, bairro
e a cidade.
No nosso entendimento, devemos fazer
uma corrente permanente do bem, onde a composição comunidade + classe empresarial
+ poder público (agente outorgante) deverá marchar de forma coesa na obtenção
de projetos e intervenções práticas. Por exemplo: zelar pela qualidade
sanitária do entorno da lagoa do Porangabussu, atrações culturais, apresentações
artísticas etc.
Não obstante, moradores e empresários
devem e podem se alinhar em movimentos que mostrem agilidade, transparência e
sustentabilidade em prol do bem comum. Enfim, nosso principal objetivo é fazer
com que toda a comunidade possa ganhar o mundo através de ações nas redes
sociais, e que nos tornemos instrumentos de pequenas e grandes mudanças dentro
do grupo.
Vamos curtir juntos?
(Artigo a ser publicado na edição de fevereiro do jornal OLHO DE LINCE)
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