“A questão da violência urbana em Fortaleza já passou do limite tolerável. Na avenida 13 de Maio, por exemplo, nesse trecho que vai da José Jatahy (antiga José Bastos) até a Carapinima, todos os dias temos notícias de assaltos e outros tipos de crimes cometidos contra transeuntes, moradores e pessoas que residem ou trabalham nas imediações. E o pior de tudo é que o aparelho policial é ineficiente para coibir essa situação que somos obrigados a enfrentar de forma desigual, pois os marginais estão sempre armados, e nós não.”
Esse foi o depoimento que o jornal OLHO DE LINCE ouviu no mês passado do senhor Juarez Araújo Lima, presidente da Associação dos Ex-Combatentes do Brasil, Secção do Ceará, localizada na rua dos Pracinhas, 951, na confluência dos bairros Parque Araxá e Benfica. Ele mostrou-se indignado com os inúmeros casos de violência que vêm ocorrendo diariamente na região, e mais ainda com a demora da polícia quando é chamada para atender a uma ocorrência. “Quase todos os dias tem gente aqui ligando para a polícia, denunciando assaltos e outros tipos de crimes, mas as viaturas demoram muito a chegar. Às vezes passamos de 40 minutos até uma hora esperando. Quando elas chegam, os bandidos já estão é longe.”
Por conta disso, segundo ele, muitas vítimas nem ligam mais em busca de socorro. Preferem ir logo para uma delegacia, registrar um boletim de ocorrências, a fim de evitar mais transtornos futuramente. Outro tipo de crime praticado com freqüência na região é a pichação de fachadas de residências, entidades e empresas. “Aqui mesmo, na Associação dos Ex-Combatentes, encontramos recentemente um rapaz pichando a parede da frente. Chamamos a polícia, mas não adiantou de nada. Tivemos que resolver o assunto por conta própria, pois é preciso que esses jovens saibam respeitar os direitos dos outros”, afirmou o presidente.
Diante do exposto, ele pede às autoridades para que dêem um jeito de reforçar o policiamento no início da avenida 13 de Maio, notadamente nas imediações do Shopping Benfica. “Aqui é uma área de grande movimento de pessoas, a pé, de bicicleta, moto ou carro, principalmente nos finais dos expedientes nas escolas e empresas. E sem um policiamento adequado, os bandidos vão continuar fazendo a festa, trazendo esse clima de terror entre os cidadãos de bem”, concluiu.
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